29.12.04

Onde ando eu?

Já cá estou, mas parece que ainda não voltei do Natal...
Em breve escrevo, quando a alma regressar ao corpo!

Um bom ano pra todos, sem excepção!

25.12.04

O Natal!

Detesto as frases da prache que se usam nesta época.
Coisas do tipo :
-Natal é quando o Homem quiser;
-Natal é todos os dias;
-etc,etc.
Penso que, principalmente nos dias que correm, temos de por a mão na consciência e admitir que não é assim... Natal não é todos os dias, e muito menos é quando o Homem quer.
Quanto mais, poderá ser quando o Homem se lembra, e mesmo assim...
Eu não tenho qualquer problema em admitir, que é nesta época, que ganho uma conscienlização diferente das coisas. Dos problemas dos outros. Das dificuldades de muitos.
Admito que nesta época do ano, é quando fico mais sensível aos que não têm... aos que não podem...
Não será cinismo da nossa parte, uma vez que nunca o fazemos, virmos dizer que Natal é sempre?!
Para mim é! E é no Natal, o verdadeiro Natal, que me torno mais solidário, que me lembro dos que não são tão afortunados como eu... E sim, posso dizer que deveria ser assim todo o ano, MAS NÃO È!
E se nesta época, em consciência, me dou mais, e estou mais aberto a esses problemas que nos assomam, isso sim, o ano todo, então porquê escondê-lo?
Nesta época procuro ajudar mais, estar mais disponível, tomar eu a iniciativa de ajudar, sem ser procurado.
No resto do ano, admito que apenas me lembro de ajudar, quando vejo o Banco Alimentar Contra a Fome, numa superfície comercial qualquer, e aí sim, participo nas campanhas deles, ou quando dou a volta à roupa que já não uso, e a levo à Cruz Vermelha, ou a outra instituição de caridade.
Quanto ao forro pessoal, considero o Natal uma época um pouco triste, mas se me perguntarem porquê, não sei dizer...
Que estranho! Não sei mesmo!!
E ainda ontem, na minha consoada, me diverti imenso, adorei estar com a família, comeu-se o bacalhau cozido, os sonhos e as rabanadas... pouco depois da meia-noite lá apareceram 2 Pai-Natal (mãe, estavas óptima), e distribuiram as prendas... Isto para mim é o ponto alto do Natal!
E saber que ainda esta semana chegou um elemento novo à família, saber que em breve chegará outro, que a minha irmã se casa este ano que entra agora...
Natal pra mim é isto... Família!
E a melhor prenda de todas, foi ontem... quando estava quase a bater a meia-noite... e vemos entrar pela porta os meus tios, que por motivos de saúde de outra pessoa, não eram suposto vir ter connosco... Tal foi a emoção, que as prendas começaram a ser distribuidas um pouco mais tarde que a meia-noite habitual... e que bom que foi!!

FELIZ NATAL!

22.12.04

Finjo...

que não me importo que vás...
Não deixo que nem uma lágrima caia!
Partes sempre nesta altura do ano...
Onde está o teu amor?
Onde anda o teu amor?
...
Deixas-me de coração partido,
Que nem um ovo que se estilhaça no chão.
Caio e parto-me em pedaços...
Pedaços que se espalham por todo o lado.
Pelo menos disseste até já.
Mesmo que para voltares leves anos...
Onde está o teu amor?
Onde anda o teu amor?
...
A chuva não me leva as lágrimas,
E não consigo fingir por mais tempo.
Se ao menos pudesse ir contigo...
Assim matas-me aos bocados...
Aos bocados...
...
Se conseguisse ser quem querias...
Se ao menos conseguisse ser quem querias...
A toda a hora!
...
Onde está o teu amor?
Onde anda o meu amor?

20.12.04

...



Pedras ensinaram-me a voar...
O amor ensinou-me a mentir...
A vida ensinou-me a morrer...
A coragem ensinou-me a ter medo...

E tu...
Tu ensinaste-me a viver... sem pedras... a vida... com coragem...
É tão fácil amar-te!

15.12.04

Sempre que penso em ti...

... o mundo quase derrete!
Aceito-te como a minha fraqueza... todos os meus medos, os meus receios,
desaparecem no teu reflexo!
Mesmo quando te empurro pra longe, nunca viras as costas!
Aceitas-me como sou... e quando saio de mim, puxas-me de volta num beijo.

Enfureço-me com facilidade, e sei que é defeito... mas dás-me espaço para existir.
Faça e diga o que for, és paz em mim, e não discutimos por isso.
A luz dos teus olhos guia-me sempre de novo a ti...
este amor é apenas o antídoto... e nada me pode matar!
E nada mais me cura...

Há alturas em que não consigo pensar... não destingo o certo do errado...
fazes com que me sinta menos perdido, ou caso contrário afogava-me...
neste mar de revolta... que me assombra. Nas duvidas... que me perseguem.
Mas tu fazes com que tudo volte ao normal!
Pegas em mim e aconchegas-me e dizes que tudo está sempre bem...

De todas as coisas que desejo, és a única que me completa...
A única em que sei que acredito!

13.12.04

É...

Ainda te amo sim...
Não como se disso dependesse a minha sobrevivência, mas ainda...
Custa-me admiti-lo, mas custava mais se tivesse de to esconder!
O meu coração anda órfão desde que voaste... só por voar...
Não sei até onde isto vai, mas sigo o rumo a que me proponho!
Tenho pena de não me poder ver de frente... poder encarar-me a mim mesmo...
Poder confrontar-me com esta nostalgia e tristeza... com estes olhos vermelhos...
Mas sigo, um dia após o outro, e finjo que isto é pouco, e que não preciso me preocupar!
Foste a única coisa certa em tudo o que fiz., o único beijo, o único remorso...
Enquanto nos dissemos adeus... eu alimentava-me mais um pouco de ti.
E mesmo que agora não me oiças, eu vou estar sempre do teu lado...
Sempre que chorares vou passar o meu braço pelo teu ombro...
Sempre que sorrires vou renascer contigo!
Mas custa-me este recusar o óbvio... que te amo!
E desfaço-me em bocados, nesta solidão que nem me deixa respirar...
E caio...
Caio nos bocados em que me desfaço... Caio assim, sozinho...
Durante anos tentei... e mais que viessem...
Mas não te encontro! Posso te encontrar?
Alimenta-me desse beijo que me prometeste,
Desse amor com que me viciaste.
Desse vicio que me corroeu e me deixou assim...
A cair aos bocados em que me deixaste!
Jogo mãos ao céu todas as noites,
Mas ninguém ouve as minhas preces, faça eu o que fizer...
E nas ruas da cidade, carrego o mundo nas costas...
e sofro... sabendo que nunca nada é para sempre!

3.12.04

Salva-me...

... dos por do sol que estão por vir!

À medida que as lágrimas se libertam dos meus olhos,
Procuro algo com que ocupar o meu pensamento...
mas pensar em algo, é chegar a ti,
chegar a ti... é puro tormento!

Salva-me...
desta demência em que me encontro!
Vem e deixa em mim um beijo,
porque tudo o que sou é o quanto te anseio,
e um dia são anos sem te abraçar...

Salva-me...
desta imagem que tenho de mim mesmo,
e fá-lo antes que me esqueça como se sorri...
afogo-me nas lágrimas que me fogem,
no medo que tenho de existir sem ti!

Deitado na minha cama, sou de novo criança,
e o meu medo do escuro volta quando partes!
E embora aqui, sinto-me perdido...

Salva-me...
... leva-me a ver um por do sol contigo...

1.12.04

Amanhã...



Sozinho em casa, e ganho vida...
... tu chegas!
Vens de cara fechada e com rugas na testa. Franzes sempre a testa quando te chateias, ou te chateiam.
Que se terá passado, penso... Mas nem to pergunto!
Recebo-te com um beijo e reviras-me a cara, mostras-me olhos de raiva! Atiras-te para cima do sofá, como se este exercesse sobre ti o efeito de um iman...
Enterras-te e dizes baixinho:
- Estou farta!
Então, porque sei como és, quedo-me do teu lado e fixo os meus olhos em ti, enquanto prossegues:
- Estou farta... farta que façam de mim aquilo que não sou. Que me vejam como pau para toda a obra. Trabalho, trabalho, e ninguém reconhece mérito, mas se uma só vez falho... cobram, e cobram, e cobram...
Piscas os olhos ainda lascivos de raiva, franzes de novo a testa...
- Vou-me embora de lá! Estou farta, farta!!

Terminada de dizer isto, atiras-te a mim num abraço, e num beijo cuja violência desconheço, vejo a tua face toda vermelha, e oiço-te num respirar ofegante...
Começas a despir-me por entre beijos, e suplicas para que as minhas mãos te toquem... E suspiras de raiva... Sempre raiva!
Chego-me para trás e afasto-te com as mãos:
- Amanhã... amanhã... Não faças a tua revolução no meu sexo!

25.11.04

Lingua portuguesa no seu melhor



Não te amo mais.
Estarei mentindo dizendo que
ainda te quero como sempre quis.
Tenho certeza que
nada foi em vão.
Sinto dentro de mim que
você não significa nada.
Não poderia dizer jamais que
alimento um grande amor.
Sinto cada vez mais que
já te esqueci!
E jamais usarei a frase
EU TE AMO!
Sinto, mas tenho que dizer a verdade
É tarde demais...

=Clarice Lispector=


OBS.: Agora leiam de baixo para cima.
Pura arte ... pura genialidade... e viva a língua portuguesa e a Clarice Lispector, a quem é atribuida a autoria deste poema, embora haja quem questione a veracidade do mesmo ser dela!
Este poema foi-me enviado por uma senhora amiga, que partilha comigo o gosto pela escrita e leitura. Um beijo para ela!

18.11.04

Ninguém me disse...

que os teus dias me pertenciam...
Nunca fui presente nos dias de ninguém!
Mas ontem, quando chegaste, e enquanto falavas,
pensei que um dia teu podia ser um momento nosso.
Fiquei com a sensação que era possivel arrancar-te uma madrugada...
...amar-te noite dentro
...manter-te acordada.

E sentir-te no mais fundo de mim,
preso ao mundo, neste cheiro a sexo,
nesse sorriso que me puxa a ti.
Mas nunca nos prometemos muito!
...ter-te é alimentar a alma de luz,
é sentir-me rasgado por um sentimento de ser...
um desejo VORAZ de ser...
... TEU!

E nunca voltar a ser menos que isso.
E depois, não porque acabou,
mas apenas porque sim...
Chega a morte... e a vida acaba!

Mas não o amor...
a esse roubamos mais uma madrugada!

12.11.04

AVÔ



Estou perdido...
Parei o carro no pontão e fico a olhar a praia... Confesso-me ao mar. As ondas lavam os meus pecados.
Em cada pedaço de sonho que tenho, ganho uma nova esperança!
Hoje é sexta-feira. Como foi a minha semana?
Engraçado... como foram todas as outras?
Desde há uns tempos para cá que cada semana é um martírio! Cada semana em si é uma angústia e ao mesmo tempo um milagre.
O meu avô está mal. Dizem que é grave!
Então, cada semana que passa é angustiante na duvida que fica, sobre se irá ele chegar à próxima.
Cada semana que passa é um milagre de vida por mais uma semana em que o tive.

- Quem designou tanto poder ao tempo?
- Quanto tempo tenho eu com o meu avô?

Ele vive, e viverá, sempre em mim. Mas o abraço, o beijo, a voz, a piada sem graça, o discutir por um pouco de vinho que o médico estritamente proibiu... Isso não vou ter nunca mais, quando ele “resolver” que é altura de partir!

- Eu sei que peço demais... Peço-Te mais do que dou... por favor meu Deus, deixa-o cá mais uns tempos...
Mais uns dias...
Mais uma vida...



(Este texto foi escrito algures na Costa da Caparica, exactamente em Novembro, mas do ano 2000. O meu avô ainda está comigo. O dia de ontem fez-me recordar este texto! Quis partilhar...)


9.11.04

Rendo-me...
Sem sequer saber a quê ou a quem...
Eu rendo-me!

Perdi-me quando deixei de te procurar,
quando por fim desisti de te imaginar...
Privo-me agora e aqui de toda e qualquer vida,
de ser mais ou menos que alguém...
Rendo-me!
Perdido...
Sou sombra numa noite sem luz,
lágrima... por não estar contigo...

E no céu que experimentei,
quando o meu estar sozinho era perder-me em nós,
relembro o cheiro do teu beijo...
o louco sabor do teu perfume...
Renasço no suave toque da tua voz,
no som das tuas mãos no meu corpo...

Rendo-me!... por estar sem ti...
Sozinho...
Morto...

28.10.04

passou...

sentes o tempo que passa?
as pegadas na areia molhada...
apagam-se com o subir da maré.
mas estavam lá... e não deixaram marca alguma...
sentiste esse amor que te dei?
de onde não retiraste nada...
sentes ainda o meu pensamento perder-se?...
em ti... por ti... em momentos de raiva!
sim... pura raiva!
amei-te... passou...
passa sempre não é?
“ se amas alguém, tens de o deixar livre”...
que mentira tão grande!
eu preferia ter-te presa a mim, do que sofrer essa tua ausência!
não tens de deixar livre... simplesmente tens de te afastar por vezes...
livre?!
o próprio amor é liberdade... ou não é?
para mim era!
sentia-me livre para te amar e te dar tudo o que tinha...
tu não sabias sequer o que dar, nem como o dar...
agora és pegada que se apagou com o escorrer das minhas lágrimas...
e és memória esbatida... perdida... quase sem cor, nem forma.
lembro-te o nome, esqueço-te o beijo...
lembro-te o afastar, esqueço-te o toque...
foste o que agora ninguém é...

mas... um dia...
alguém será mais do que alguma vez foste!

25.10.04

Estou...

...Rodeado de água fria.
Apenas tenho, para me segurar, a Tua mão...
Senhor... Ouves-me agora?
... Estarei eu perdido?
Perdido?
Antes morto...
Permite-me isso!

Não consigo largar a Tua mão...
Senhor... Ainda me ouves?
Ouves?
Estou mesmo perdido?
Fria... água fria...
Rodeia-me agora.
E tudo o que tenho é o Teu aperto forte!
Senhor... Ouves-me?
Perdido?
Antes morto...
Mas não Te largo a mão.

...Em Ti deposito a minha sorte!

20.10.04

Azul...




Que som é este?...
E este azul que me rodeia e parece ir até nunca mais ter fim?
Que cheiro é este que se transporta no ar?
E esta luz que por vezes surge e me cega a vista?

Que mundo é este que roda em si mesmo?
E as pessoas que sobre si mesmas rodam também, dando apenas esse significado ao seu viver?
Existem apenas três noções de felicidade nesta massa de terra que muitos chamam de “meu mundo”...
Existe o ser mais do que o outro,
o saber mais do que outro,
o feio desígnio de mandar no outro...

E eu?...
Que faço eu aqui neste mundo vermelho de sangue?
...
Fecho os olhos...

...
De onde vem este som?
Esta melodia que me acalma e me transporta a um sítio diferente...
Cor de azul...
Que azul é este que me faz querer ser, mais uma vez, parte integrante deste mundo?
E este cheiro no ar?
O que é que pode ter este cheiro que mistura o odor do mar com o cheiro de se ser feliz?
Fecho os olhos e mergulho nesta vontade de ficar aqui...
Mesmo que seja um sonho,
Que este seja o meu mundo...
E que este azul seja infinito!


Fecha os olhos nina... quando abrires, já tudo passou!




18.10.04

Sou teu...

Estou cansado de estar aqui...
Cansado de ser apenas o que sou...
Suprimido por todos os meus medos,
Limitando-me apenas a existir!
O teu olhar... a minha luz.
As feridas, essas, não querem sarar.

Não deixes de aparecer...

Se chorares, bebo todas as tuas lágrimas,
E com elas saciarei a minha sede de ti.

Se tremeres, lutarei com todos os teus medos,
E enquanto te seguro pela mão, transformo tudo em paz!

E não tenhas medo...
Se te falhar o chão, não te falho eu!

A tua voz traz-me de volta a minha sanidade.
Enquanto me quiseres... sou teu!

12.10.04

És sonho

Acordei...
Mais uma vez sozinho!
Após uma noite contigo,
Em que te sonhei nos meus braços.

Acordei no escuro...
Que manhã fria esta!
Cai uma chuva mole... chata!
Uma chuva que não molha... mata!
Ainda tenho o sabor do beijo que te dei à pouco!
Ainda agora...
Quando não te tinha, mas te sonhei em mim!

Acordei perdido no tempo,
Sem identidade nem vontade de ser.
Acordei...
Perdido naquele momento em que estava...
De olhos fechados para te ver!

Neguem-me este acordar,
e deixem-me ganhar o mundo!
Quero ser em ti...
Fechar os olhos, estar contigo...
Viver-te num sonho profundo!

8.10.04

E se...

E se eu te olhasse?
Com medo e de relance,
e te perdesse no mesmo instante...
E se depois te encontrasse
na palma da minha mão?
... se te deixasse cair no chão...
e desaparecesses?

E se eu te tocasse?
Se o meu toque fizesse ferida?
Escondias-te de mim num vão de escada?
E se eu chegasse e dissesse:
- Encontrei-te. Estás tu!
Virias também à minha procura?

E se eu desaparecesse?
Sentirias a minha falta num momento vazio?
Ou renunciavas à minha ausência,
como me fazes agora em presença?
Diz-me e eu desapareço...
Ficaria apenas se pedisses que ficasse!


E...
E se eu te amasse?...

7.10.04

Queria pedir desculpa às 2 pessoas que deixaram comentários ao meu ultímo texto.
Mas, como é perceptivel, não é um texto para se comentar.
Nem é um texto, é um desabafo... um devaneio.
É um atirar para fora o que sinto, uma vez que não o faço cara a cara com ninguém!
Seja como for, ficaram registadas as vossas palavras, e um muito obrigada.


BRUNA

Hoje dói...
Dói tanto...
Esta sensação de impotência é horrivel.
Saber que estás aí, deitada numa cama, ligada a fios e a máquinas e a tubos e...
e saber que não posso fazer nada.
Saber que não dependes de mim para nada!
Esta percepção de realidade dói muito!
Apetece-me sair lá pra fora e gritar...
Gritar por ti, por mim...
Queria poder chegar a Deus e perguntar:

-PORQUÊ??????
19 anos e isto? Que mal é que ela fez? Quem é que ela magoou? Eu Digo-te quem...
Ninguém. Pelo contrário! Castigas uma neta que todos os dias ajuda a avó, uma filha que está lá sempre que os pais precisam... Castigas a MINHA PRIMA, que em qualquer festa de família, está lá... sorridente... doce... a ajudar! Sempre a ajudar! Um míuda que nunca fala dos seus problemas e que TU sabes que os tem...

Hoje dói...
Saber que nada sei do que se vai passar. Que ninguém sabe...

-Mas TU sabes, não é? TU sabes...

Custa tanto, tanto...
Mas sente-me aí do teu lado... Sempre! Em cada exame que fazes seguro a tua mão... Em cada hora sozinha, olho por ti!
E cada lágrima que choro, serve apenas para limpar as tuas. Para te lavar a cara, limpar os olhos.
Sorri prima... Sorri...
Hoje dói... dói muito...
Mas amanhã vai ficar tudo bem!

Amo-te tanto...

1.10.04

TU ÉS TUDO

Cheguei onde estava e sentei-me.
E numa tão grande imensidão, senti que o momento me preenchia.
De ambos os meus lados havia nada. Logo... estava lá tudo.
Ouvia o som belo dos pássaros que cantavam pousados nas árvores que não estavam.
Ouvia o riso das crianças que eu não via.
Sentia o cheiro das plantas de jardim algum que lá houvesse.
Ah! O silêncio...
O silêncio é nada, logo eu ouvia tudo.
Então senti a tua mão a tocar a minha, e o teu respirar ofegante cada vez mais perto.
Agarrei em todo o nada que havia à minha volta e moldei-o à tua forma.
E consegui estar contigo.
Beijei-te, segurei-te nos meus braços... amei-te.
Abri então os olhos e outra vez vi nada.
E nada é tudo...
E tudo és tu...

30.9.04

Arrependimento

Só estou à espera que este teste acabe
para que os dias de luz comecem.
Vou estar sozinho... mas talvez mais livre...
Como um papagaio de papel que voa eternamente!

Lembro-me do medo de estar sozinho,
agora assusta-me poder vir a gostar desta solidão.
Todos estas caras sem sentido...
Como podem existir personalidades tão diferentes?
Tantas vidas de mãos vazias...
E todos esses corações, para quê tão grandes exigências?
... O meu arrependimento parece tão longe,
até ser levado nas ondas de dor.
Mas desligo-me de tudo e afugento-as,
e peço aos dias de sol que as mantenham longe.
Depois choro tão forte estas palavras tristes,
que tudo o que sinto irá desaparecer,
embora ecoe na minha cabeça por agora,
como um puzzle que não se encaixa.
E penso em tudo o que passei,
mas não volto atras... estou por minha conta...

...

Mas estou prestes a tentar mais uma vez...
Apenas partículas de vontade...

29.9.04

Eu e tu

Pensava que te conhecia tão bem...

Que te sabia de cor...

Sempre foram assim tristes os teus olhos?
Sempre foi cinzento o teu olhar?
E o teu sorriso... Onde anda o teu sorriso?
Pensei que te tinha em gargalhadas tais que me ofuscavam sempre o chorar...
Mas agora choras... Porquê?
Em que 10 segundos desviei eu o olhar e o teu mundo ruiu?
Onde falharam as minhas mãos para que caísses dessa forma tão desenfreada?

Não chores... Não desistas...
Não te deixes cair por um amor qualquer...
não correspondido!

Olha para mim!
Estou aqui e até ao fim...
Serei eu e tu...
Serás tu comigo!

27.9.04

Percepção

Há coisas que nunca mudam...
Outras há que não param de mudar!
Mas a força dentro de nós vem dessas mudanças
e desses constantes que nos equilibram.
Precisamos de mudar e aprender para nos
sentirmos vivos...
Mas necessitamos sempre de algo imutável,
algo que nos dê aquela segurança necessária a quem quer ser...
Precisamos de aguardar o futuro, mas nunca esquecer o passado!



... Precisas de perceber a mentira de todas as verdades que te digo...
Queres-me perceber?... Vira-me ao contrário!


24.9.04

Deixa...

Deixa-me sonhar...
Quando sonho estou contigo!
E não há ciúme...
Não há inveja...
Não há distancia...

23.9.04

2000?

Não fazem mais de 4 semanas desde que celebrei, de forma muito efusiva, as 1000 visitas ao Insónias... e assim... sem mais nem menos... sem querer nem ter... 2000 visitantes!!!

E vejo novas pessoas a passar de visita, cujo destino ainda não sei qual é, mas é bom demais verificar que ouve muita gente que fez deste um ponto, não só de passagem, mas aonde param, e (se) perdem (por) uns minutos...
Espero que se mantenha assim, mas uma coisa é certa, o Insónias esse há-de manter-se sempre!

É como diz uma menina, dona de uma fábrica aqui perto, onde se fabricam dos melhores sonhos que já vi... Não é um mero blog, é um mundo!
Este é o meu...

Obrigada!

Lembrança

Penso em ti e logo existo!
Mesmo ausente,
O teu corpo é meu.
E tento transformar a dor em esperança...
mas... saudade não é lembrança...
e muito me lembra o corpo que é teu!

19.9.04

Complicado...

É complicado...

As pessoas aparecem na nossa vida, e tomam-na por sendo algo fácil, e nós como sendo um livro aberto, e pensam que o que somos é exactamente o que deixamos ver!
Não percebo donde vêm essas suposições tolas de que o ser humano é algo assim tão transparente, que meros 2 dedos de conversa chegam para decifrar o que por vezes nem nós percebemos... falo de nós próprios!
Eu tenho tanto de mim que não conheço, como é que em 3 tempos, alguém pode ter algo de mim que diz querer?
Nem eu consigo filtrar o bom de mim, e manter-me à margem daquilo que tenho e que não presta!

É complicado...

Quando as pessoas chegam e te decifram assim... às 3 pancadas e sem noção nenhuma do que és, do que sentes, do que queres e não queres desta vida que, ora te é madrasta, ora dás graças a Deus por ser como é. Alguém sabe que por vezes sofro por trás de um sorriso? Que por vezes choro em função do quanto me limita uma gargalhada no expressar de toda a felicidade de um momento?
Ninguém sabe nada de nada!

É complicado...

Quando te dás a alguém sem limites nem barreiras, e essa pessoa, sem se aperceber no quanto leva de nós, nos subjuga a um mero sentido de posse, e, ignorante, nos deixa passar ao lado, lamentando-se mais tarde por algo que teve e deixou fugir... NÃO! NÃO TIVESTE! NÃO QUISESTE SABER!
Aquelas pessoas a quem dizes “Eu Amo-te”, e ela responde “Eu sei!”...
Não! A resposta era “Eu também”... “EU TAMBÉM TE AMO”!
“Eu sei”???!!! Não, não sabem... E o que magoa mais é que simplesmente não querem saber...

É complicado...

Como é que nos roubam um beijo um dia, e nos ganham em sentimento, e pensam que só por isso nos conhecem e que nos têm como certos?
Não, não me conhecias...
Não, tu não me conheces..
E não... Não sei se alguém me virá a conhecer...

...

Talvez EU seja complicado...

18.9.04

Abraço

Ontem, durante a noite, enquanto dormias, abraçaste-me...
Deste por isso?
Senti medo no teu abraço. Como se estendesses os braços para ver se estava ainda lá... Depois, já mais calma, vi-te formares um sorriso, e voltares a um sono mais profundo!
Sabes que fazes isso todas as noites? Ali... a dormir... é quando mais sinto que me amas.
Ás vezes dou por mim a pensar se já terás feito isso por mais alguém... Se antes de mim mais alguém sentiu este amar tanto que mesmo durante o sono procuras um regaço, para num abraço, sentires que podes ficar segura, e voltar a sonhar...
E se já antes fizeste isso por alguém... Meu Deus... Como é que esse alguém te perdeu?
Então ganho medo, e, no meio de um beijo apaixonado, dou-te um abraço mais demorado...
E, como se o percebesses, mais uma vez procuras-me e lanças os braços, apertas-me contra o teu peito, e de volta o sorriso, mais que perfeito, e acalmo-me eu...
Nesse instante o mundo pára, e nada mais que isto faz sentido...

Por vezes levanto-me e sento-me aos pés da cama... E fico ali a olhar-te... E não faço qualquer som, como se fosse segredo, este querer ver-te dormir. Como se fosses uma criança pequenina, e eu o anjo que te vem guardar.

Volto à cama, e logo que sentes o meu corpo, abraças-me mais uma vez, e sinto aquele quente no estomago... E olho-te de novo... os teus olhos fechados... os teus lábios...
Então chego-me mais perto e enconsto os meus lábios ao teu ouvido e sussuro o que te quero dizer:
“-... Amo-te
-...Nunca, mas nunca, te quero perder...”

17.9.04

Queria...

Queria ser em ti um só dia
Ter-te em tempo, ou para a vida.
Queria poder gritar em ti o quanto te quero
E em qualquer momento virares lembrança...
Amar-te... Apenas e unicamente como se ama!
Sentir-te enquanto te desejo...Desejar-te quando te sinto...
Ali... Em mim... Em tempo algum, mas com todo o tempo do mundo!
Porque amar-te é isto... É dor, e desejo... Prazer e lembrança...
Amar-te é este ser em ti, como se fosses doce e eu criança...
É este elouquecer com o teu toque,
Este desejo sofrego para que apenas... apareças..
E sejas... mais uma vez... Tudo.
E poder falar-te do que não falo a mais ninguém...
Poder contar-te o meu dia...
Deitar-me sobre o teu colo, roçar o corpo na esperança...
Olhar-te apenas...
Nos olhos fundo...
Tocar-te a alma...
Prometer-te o mundo!

15.9.04

Penso...

-Em que pensas?

...

Em que penso? Que pergunta tão banal, tal é a fluidez da resposta... Olha... Nem dói!
Penso nela... Nos momentos em que a tive, nas vezes que nos beijamos.
Penso no corpo aveludado, em que a cada toque descobria uma sensação diferente... Penso no acordar já ofegante... já excitado... já pronto a amá-la...
Aquele olhar meigo, apaixonado... Naqueles repentes que lhe dava e em que se atirava a mim sofrega... esfomeada... pronta a me devorar...
Penso no sexo... no sexo... no sexo...


Penso nos segredos que me dizia... naquele tom de voz desaparecido...
O seu cabelo louro... nas suas mãos pequenas, onde eu cabia por inteiro...
Nas saidas à noite... aniversários... jantares... Os constantes olhares para o relógio... a espera...
Lembro-me como me acenava com as chaves de casa, mordia o lábio inferior e depois humedecia a boca com a lingua... e me deixava a salivar... doido de desejo...
Penso nas viagens para casa, no carro... Ali começavam os preliminares...
A forma como me tocava enquanto conduzia... os beijos... o segredar na sua voz roca... “-Vá! Mais rápido... Estou doida...”
Penso no sexo... no sexo... no sexo...

-‘Mor? Não respondes? Em que pensas?

...

-Em nada... em nada...

14.9.04

O Sonho

Quero-vos contar um sonho.
Quero-vos contar um meu sonho...
Reparem, disse “um”, e não “o”, sonho. E podemos, antes de vos contar o sonho, falar nisso... Qual é “o” nosso sonho? Quando é que vou saber que aquele é “o” meu sonho? Quando é que vou poder acordar de um sonho e dizer, sem qualquer réstea de duvída, que este sou eu, que é aquilo que quero? Que é por isto que vou lutar para mim?...
Eu não sei... Eu que por vezes entro numa geladaria para comer um gelado de chocolate, e saio com um sabor de baunilha e outro de morango.
Como é que eu sei?
E se “o” sonho não vier, e eu tiver deixado passar todos os outros sonhos ao largo, sem me ter agarrado a nenhum, não os tendo sequer deixado em lembrança?
E se hoje sonho morango, e amanhã sonho chocolate?
Como é que eu sei que o sonho de hoje é o que se vai prender ao peito, se amanha posso sonhar com algo mais que hoje?
E se a noite não vier? Que palavras vou usar para descrever um sonho que não sei se vem?
Espero mais um dia? E vou adiando a vida à espera “do” sonho?
Sim... Porque eu gostava de viver “o” meu sonho! Sem duvída...
Mas como é que eu sei?
Ainda no outro dia sonhei uma vida sem ti, e pareceu-me ser o ideal... Mas esta noite eras tu, e só tu, o meu sonho... E pareceu-me o melhor para mim...
Há uma duvída que me assome e que não me cabe nas mãos...
Como é que eu sei? Como é que alguém sabe? O que é que é sonho e o que é que é apenas desejo?
Quem é que se atreve a dizer-me que já viveu “o” seu sonho, correndo o risco de amanhã acordar com o coração apertado?
E assim, numa duvída que me consome e assusta, as minhas mãos estão cheias de nada!
Imagina que sonho com o teu beijo, e depois quando o tenho, ele mostra-se imperfeito, como é que vivo um sonho que não se revela o meu?!

Então?
Quem me diz qual é “o” nosso sonho? Como é que o identificamos?
Eu queria... mas não sei...

E o sonho que vos queria contar... já nao é meu!

13.9.04

TEMPO?

Pedes-me que te dê um tempo?!
Mas eu dei-te a vida, porque é que me pedes agora um tempo?...
Tu não sabes quanto tempo é um tempo e queres que fique assim? à espera?...
Faço-te falta numa noite fria, e dizes-mo sem reticências, e nesse momento se vive a vida, e logo voltamos ao teu tempo!
Mas que tempo é esse que nem tu sabes medir? Quantos rios se unirão ao mar, enquanto esse teu tempo não passar?
Quantas chuvas e dias de sol? Quantas pessoas mais irão te amar? ... e eu ali, suspenso no tempo...
E se te pedir para ficares mais um dia? E se te perguntar se esse dia conta no tempo?
Tu não sabes sequer responder!

Pedes-me um tempo?
Mas o que é um tempo para alguém que não sabe sequer dizer amor?!
Afirmas que se não dizes mostras, mas se não mostras dizes... Afinal o que é que fazes? Como é que sei que me amas?
Não sabes?
E eu é que tenho de levar com o tempo...
Para que é o tempo?

- Para pensar...

E vais pensar em quê? Não quero que me ames pensado, nem sequer que me deixes de amar assim..
Quero que sintas. Sabes o que é... sentir?
Sabes o que é acordares e beijares a manhã porque tens alguém para amar... e que te ama?
Tudo o que quero é ter tempo, mas tempo contigo...
Tudo o que queres é ter tempo pra pensar?...
Então pensa... tens todo o tempo do mundo...
Eu vou... em busca de alguém para amar!

9.9.04

Máquina do Mundo

“O universo é feito essencialmente de coisa nenhuma.
Intervalos, distâncias, buracos, porosidade etérea.
Espaço vazio, em suma.
O resto é a matéria.

Daí, que este arrepio,
Este chamá-lo e tê-lo, erguê-lo e defrontá-lo,
Esta fresta de nada aberta no vazio,
Deve ser um intervalo”


= António Gedeão =


Estava no outro dia na Ericeira (que adoro), numa tarde esplêndida, tanto pela tarde em si, como pela companhia, (Obrigada S.), quando na montra de uma loja de tecidos, vejo este texto de António Gedeão, o meu poeta preferido.
Não sei se foi pela maneira como o texto fluia com a decoração da montra, mas naquele momento o texto bateu-me como não tinha feito ainda.
Ganhou um significado diferente para mim.
Pensei inumeras vezes se devia partilha-lo com vocês, e no meio das razões para não, e dos motivos para sim, resolvi fazê-lo.
Espero que gostem!
A vida é o intervalo entre o começo e o fim...
Espero que a gozem!

Aquele abraço.

8.9.04

PENSAMENTO

“Quando depositamos muita confiança ou expectativas numa pessoa,
o risco de nos decepcionarmos é grande.
As pessoas não estão neste mundo para satisfazer as nossas expectativas,
assim como não estamos aqui para satisfazer as delas.
Temos que nos bastar!
Nos bastar sempre!
E, quando procurarmos estar com alguém, fazer isso cientes de que estamos juntos porque gostamos, porque queremos e nos sentimos bem, nunca por precisar de alguém.
As pessoas não precisam umas das outras.
Elas completam-se não por serem metades, mas por serem pessoas inteiras,
dispostas a dividir objectivos comuns, alegrias e Vida!"

5.9.04

1000 visitantes

Fiz umas pausa nas férias e desloquei-me a um Kiosk Virtual para vir até este meu "mundo".
Surpresa das surpresas, atingi neste momento 1000 visitantes.
Isto para mim é um feito e tinha de ser enaltecido. O blog existe à menos de um mês, e para mim é fantástico ver que há pessoas que vieram, e mais importante, continuam a vir, ler-me.
Muito obrigado a todos, e um abraço/beijo de amizade.

Esta semana já volto.

Até lá.

27.8.04

INFINITO

Vem... Insiste comigo...
Parte-me em dois...
Prende-me a uma vontade que resiste a uma qualquer áurea de ser mais e/ou menos que tudo!
Leva-me a um tempo que não conheço e onde existir é apenas estar contigo!
Puxa-me a ti e não deixes que caia em ser menos do que alguma vez fui...
Não deixes que ser seja apenas um constatar de que sou ali, e que nada mais é real.
Não me facas perceber que nada existe em tudo o que faço...
Assim seria apenas vazio!

Solta-me...
Solta-me nessa vontade que tenho de te agarrar sofregamente e deitar-te no chão...
Um querer mais do que tenho, mas onde tu és vontade de tudo o que faço!
E mais uma vez... Prende-me...
Prende-me a ti com esse teu beijo que reconheço apenas em sonhos que me assombram...
Prende-me a um ser teu... a um estar contigo... a um vazio que me penetra e que me faz acreditar que nesse vazio está tudo...
Se nele estiveres tu...

E se nesse vazio existires em vontade e na verdade de que me queres também...
então vou estar sempre para ti!
Nessa medida temporal que me faz viver de novo...
Nesse tempo em que somos apenas nós e um para o outro...
Nesse viver que não acaba nunca...
Esse infinito!

23.8.04

Chegar a casa e rodar a chave... Encontrar-me sozinho...
Esta noite sou mais uma vez sem ti.
Lembro-me de te abraçar como se de seguida morresse. Como se logo ali a minha vida findasse! E depois do abraço vinha o beijo, dado em jeito de segredo... como se mais ninguém pudesse saber que ali se amava! Que éramos... enfim... um só.
E ali mesmo, a vida num momento, parava para que tudo fosse perfeito!
E amava-se, como se amor fosse ar! Como se disso dependesse o nosso ser... O nosso estar... e que bom era estar contigo!
Nunca nada era igual. Pedias que te tocasse assim, ou que te beijasse de um jeito diferente...
Eu apenas pedia que ficasses... que me amasses... fosses em mim para sempre!
E de repente...
Tudo acaba... Sem perceber porquê!
E o meu eterno desejo...
por aquele beijo...
leva-me a casa.
E rodo a chave... e encontro-me sozinho...

... as mão vazias... DE TI!


19.8.04

Sentido

Não posso acreditar
Neste momento que passou!
Foi tão incrível este sermos um pró outro...
Tanto para dizer e fazer...
Impossível não ficar arrebatado!
Perdoas o sentir-me assim?
É que ainda agora nos conhecemos...
Diz-me que não faz mal!
Toma. Leva este sentimento... deixa-o crescer!
Não o largues... Não lhe dês um tempo...
Não faças nada que to permita perder!

Não consigo explicar isto que sinto...

Incomoda-te que dispa a minha alma?
Que junte coragem para te dizer que és linda?
Há algo aqui que não sei explicar...
Tenho os meus sentidos dispersos... selvagens...
Não tenho como resistir a esse sorriso!
Toma. Leva este sentimento... deixa-o crescer!
Não o largues... Não lhe dês um tempo...
Não faças nada que to permita perder!

Não consigo explicar isto que sinto...

Toda a vida esperei por algo assim...
E em nada parecido!
Sentir-te é sentir a noite...
Sentir-te... Faz todo o sentido!

17.8.04

20.000 seconds

Quedo-me sobre este teclado no culminar de mais um dia.
Não te tive de novo hoje. A sensação de que não te tenho à uma imensidão de tempo, sem nexo algum, invade-me e quase me sufoca!
Toca um CD em jeito de companhia. Escolhi K´s Choice como tanto gostas... Oiço "20.000 seconds", uma das tuas preferidas!
... porque te manténs em tudo o que faço...
...
E sentado aqui, de olhos ardentes, sem poder sentir o teu toque que te faz tão especial...
Sinto-me longe... amorfo... distante...
E fico ansioso pela tua presença... pela tua magia... por uma palavra tua, amada por mim!
Uma qualquer palavra...
Até um simples “ – ‘Tás bem? “, naquela doçura da tua voz, naquela certeza com que sempre falas, naquele misto de sentimentos achados por mim...
Sabes, sinto-me pequeno por apenas agora me aperceber do que fizeste... sinto-me pobre por não o ter compreendido antes...
Sinto-me ineficaz neste escorrer de lágrima que, de uma forma envergonhada, procuro disfarçar!
...
Sinto-me triste, alegre, sóbrio, perturbado... sei lá...
Com saudades de como és.
Desculpa...
Pela distância que ajudei a criar.
Tocas-me tão fundo.
Tão fundo num órgão tão pequeno e vazio que é este meu coração...
Nunca me senti assim!
A lágrima cai...
Derrotaste-me!
Foi hoje... foi à 2 anos atrás...
E amo-te tanto!
...
Não sei...
Não aceito...
Não percebo como todo o meu controle pessoal se desvanece num simples olhar teu... num mero sorriso desenhado por ti... num simples dizer com todo o carinho que possuis...
Sinto-me só!
Sou apenas restos da tua magia...
E que magia fazes em mim!
E que sentido davas a todo o meu procurar pelas tuas certezas...
Pelo teu amor que queria meu...
...
Não me peças o que não dou!
Ou pelo menos o que não posso dar...
Não me peças que seja mais que isto ou aquilo tudo que já conheces...
Não me peças...
Já conseguiste!
Estou perdido pelo facto de ter estado tão longe de ti. Pelo facto de só hoje, aqui, sentir o que me foge e o que me cai dos braços...
Dói-me a forma como me tocas!
Apenas por seres quem és... como és...
Não me peças para to explicar... Simplesmente nunca...
NUNCA senti de forma tão forte, um toque... um beijo... uma mão percorrendo-me o corpo...
Deixa-me ser...
Deixa-me estar...
...
Desculpa este estarmos distantes por momentos, que insistes em dizer que é culpa minha!
Amo-te demais para te perder...
E vejo-me desejado num teu telefonema, nesta facilidade com que me prendes à lembrança!
Sabes, todos me dizem para te esquecer...
Mas depois, tudo à minha volta é desculpa para te procurar... para te falar... para te sentir...
E nem sei como te explicar o prazer que é ter-te perto de mim... ali... perto de mim...
Sentir-te sem te sentir...
Como aquele que sente o que não tem...
Como aquele que vê o que não está...
Aqui... longe de ti...
Percebes?
Eu não!!
Agora por exemplo apetece procurar-te! Mas não devo...
Mas apetece tanto que chego a sentir todo um contorcer do meu corpo nesta vontade que me dá...
É como eu disse...
Amo-te muito!
...
Não me deixes sem sentir o teu toque...
Não me deixes sem o alimento do teu beijo...
Não me deixes sem ti...
...
Não me deixes...

16.8.04

Lamento

O meu quarto é o poiso
De todas as fantasias.
Fantasias que não vivo
E me deixam doente.
O meu quarto é a alma do que tu és...
E choram as paredes
Porque não há gente!
Os meus sonhos são chamas
E paus afiados,
Que me queimam e me espetam,
Que me magoam o corpo.
O tu não me amares é o golpe final!
Fim da tragédia!
... Estou morto!

Mas grita o meu nome
Em tons de paixão...
Estende-me um beijo,
Atira-me a mão.
Canta, chora, diz que me amas
E amaldiçoa-me a morte
Quando agora me chamas.
Por fim... deita-te em sono profundo,
Lamenta-te naquela que podia ter o mundo.
Então eu volto no limiar do tempo,
Para uma última palavra e uma só lágrima,
Concedidas por aquele que é Deus!
Digo-te que te amo e que parto feliz...
Pois levo-te os olhos, que agora são meus.

13.8.04

A um ti que eu inventei

Pensar em ti é coisa delicada.
É um diluir de tinta espessa e farta
e o passá-la em finíssima aguada
com um pincel de marta.

Um pesar grãos de nada em minha balança,
um armar de arames cauteloso e atento,
um proteger a chama contra o vento,
pentear cabelinhos de criança.

Um desembaraçar de linhas de costura,
um correr sobre lã que ninguém saiba e oiça,
um planar de gaivota como um lábio a sorrir.

Penso em ti com tamanha ternura
como se fosses vidro ou película de loiça
que apenas com o pensar te pudesses partir.



"António Gedeão"


Quis partilhar com quem seja, este poema de António Gedeão! Não sei se diz tudo... mas diz muito!
Espero que gostem também.

Posso?

Sabes?...
Gostava de viver algo por inteiro! Um amor daqueles... percebes? Que duram para sempre...
Gostava de ser o mundo para alguém, e de centrar o meu mundo numa pessoa que me completasse...
Detesto pensar que posso deixar que a minha vida me passe ao lado!
Quero alguém que me preencha...
Alguém com quem partilhar um (de muitos) jantar romântico... à luz de velas... com uma música calminha... de fundo... a tocar baixinho...
Queria sentir tudo por uma só pessoa, e entregar-me sem limites... sem sentido...
QUERO tanto conhecer um rapaz que me ganhe, me conquiste... que me domine!
Poder chegar a casa e saber que ele chega já, já...
Preparar-me! Pôr-me bonita... ou apenas mais fresca!
Cozinhar para ele. Depois seduzi-lo quando estamos prestes a começar a comer... Fazer amor com ele ali mesmo, no chão da cozinha... deixar que ele me pegue nos braços e me conduza ao quarto, enquanto nos amamos na sala... no corredor... no chão... nas paredes... por fim na cama!
Quero tanto! TANTO!
Haverá alguém à minha procura?
E esse alguém saberá que eu espero por ele também?
Será que já nos conhecemos num sonho qualquer? Ou já nos cruzámos em lados opostos de uma mesma rua?
Não sei... Mas queria tanto!
Passear com ele na praia... de mãos dadas... partilhar um pôr-do-sol... vê-lo sorrir... sentir o seu braço nas minhas costas... a agarrar-me... forte...
Estou cansada... Não de procurar, mas de não ser encontrada!
O que achas?
Achas que vou encontrar esse alguém? Vivê-lo desta forma intensa e eterna?
...
...
...
O que é que eu acho?...
...
...
Posso ser eu?
...
...

11.8.04

"LOST IN TRANSLATION"

Já vi este filme umas quantas vezes(quem não viu, aconselho vivamente)...
Tudo neste filme parece pensado ao pormenor para nos fascinar... Duas pessoas tão diferentes, tão iguais... Encontram-se num país tão estranho, e tão igual ao mesmo tempo...
A vivência que este filme nos transmite dessas 2 pessoas nesse país estranho é demais envolvente! A amizade... O (suposto) amor...
E foca um pormenor que acho deveras interessante...
Ela, a passar uns dias com o marido (recente) que visita o Japão em trabalho...
Ele, casado, filhos, em visita ao Japão para uma campanha de publicidade...
Ambos tão, mas tão, SÓS!!!
E depois vejo-me a pensar em quantas pessoas não estarão, no meio da sua vivência de todos os dias, com o(a) namorado(a), o marido ou mulher, igualmente sós!!!

Eu próprio lamento dizer que já passei por isso... Sentir-me só, mesmo tendo alguém do meu lado! Ou porque não nos liga, ou não dá valor, ou simplesmente quase nunca está...

Li no outro dia num blog (peço desculpa não me lembrar onde foi) que o pior de estar sozinho é podermo-nos habituar a essa solidão... Eu tenho esse medo! Medo de me habituar de tal forma a estar só, que depois não me imagine com mais ninguém... E uma vida são, na melhor das hipóteses, 80 anos! SOZINHO??!!

Eu gosto de estar sozinho... Mas não quero acabar só...

...

Passa o tempo,
e tu...
e eu...
Uma vida num beijo,
E na demência de um desejo
Numa oração, peço-te ao céu.

Existo apenas através do teu olhar
Mero escravo da tua vontade.
E em cada lágrima que choras
Nasce em mim uma dor imensa...
Matas-me em jeito de saudade!

Conheci-te num dia sem passado,
E nasci no dia em que te ganhei.
E este sorriso que trago,
que é onde te guardo,
Diz-me que em ti está tudo o que sei.

Passa o tempo...
e tu...
e eu...
Uma vida num beijo,
E na suplícia por mais um desejo,
Uma oração... pelo teu amor que é meu!

10.8.04

...

Percorri Kilómetros para te esquecer...

"Perfume de Mulher"

Ontem fiquei em casa à noite!
Eu, o meu quarto, o canal Hollywood, e o filme "Perfume".
Al Pacino no seu melhor. Há uma altura no filme em que, num restaurante fino, ele e o seu ajudante se juntam a uma jovem que estava sozinha a uma mesa.
Após alguma conversa, ela confidencia-lhe que nunca aprendeu a dançar o tango embora gostasse.
... ele convida-a para dançar e , ali, sem mais nem menos, em pleno restaurante, dançam um tango os dois... e os olhos dela brilham!


A vida devia ser assim... De improviso!