23.9.06

Tu és tudo...



Cheguei onde estava e sentei-me.
E numa tão grande imensidão, senti que o momento me preenchia.
De ambos os meus lados havia nada. Logo... estava lá tudo.
Ouvia o som belo dos pássaros que cantavam pousados nas árvores que não estavam.
Ouvia o riso das crianças que eu não via.
Sentia o cheiro das plantas de jardim algum que lá houvesse.
Ah! O silêncio...
O silêncio é nada, logo eu ouvia tudo.
Então senti a tua mão a tocar a minha, e o teu respirar ofegante cada vez mais perto.
Agarrei em todo o nada que havia à minha volta e moldei-o à tua forma.
E consegui estar contigo.
Beijei-te, segurei-te nos meus braços... amei-te.
Abri então os olhos e outra vez vi nada.
E nada é tudo...
E tudo és tu...


(resolvi recordar um post antigo...)

4 comentários:

Anónimo disse...

Gostei de recordar...
Beijo doce!!!

Mikado disse...

Mesmo o silêncio, mesmo os pássaros que não se vêem, nem se ouvem, mesmo a mão fechada que não acarinha, mesmo a bússola sem norte ou sul, mesmo esse nada é muito desde que tu estejas nele...

Anónimo disse...

mas tu consegues ser tudo no nada que é por vezes a nossa vida!!!
continua sempre assim,preenchendo-nos com o teu nada que é tudo!!!

vésper disse...

melhor atitude da vida...imortalizar momentos como sendo tudo, e eternos...