...
E quando te desenhei,
fi-lo a traço leve,
escondida no papel, num tom que mal se via…
Os teus lábios,
para desenhá-los é preciso arte,
optei por deixá-los de parte,
e agora não me falas…
No tom de pele, não escolhi cor alguma,
porque a tua é assim, quase perfeita,
e no papel perde a razão…
As mãos pequenas,
que quando me tocam ganham metros,
não as pus no fim dos braços,
prefiro deixá-las no meu corpo…
Os cabelos louros, no papel perdem vida,
ficam estáticos, de cor esbatida,
optei por apagá-los…
Quando te desenhei…
todo o desenho estava errado,
porquê procurar-te no papel?
...Se te encontro do meu lado!