26.2.10

Como?...

...
Como é que me esqueço de ti?
Como é que te escondes do mundo para ficares longe de mim?
Como é que me puxas e me empurras, na mesma fracção de segundo?
Porque me retiras o chão, depois de me prometeres o mundo?
Onde está o tempo, o nosso momento perfeito?
Como é que o gravo na memória se é mera ilusão?
Por onde passas quando apenas ouço os teus passos?
E como é que não te vejo, se sinto pegares-me na mão...
Como é que cheiras o mar do meu corpo,
e chupas o sal que me vem agarrado ao sangue?
Como é que me amas, me odeias, me queres, me afastas?
… Porque fazes de mim tela, se me pintas a preto e branco?

E como é que depois de tudo… me vejo sempre em ti?

3.2.10

Para quem foi(r)

Tenho-te saudade...
Tenho-te na falta que me fazes...
Tenho um cheiro, que mesmo ténue, me lembra a tua presença.
...
Queria ser alguém melhor. Um abrigo do teu coração... da chuva que te molha...
No futuro?... Tu!
Mesmo que acabe, que eu tenha de jurar que não quero mais ficar... No futuro tu!
Mesmo que não pertença mais ao mundo que foi desenhado para nós, esse amor é nosso.
E esse desenho somos nós.
E esse nós...
É onde te tenho saudade.
Onde te tenho na falta que me fazes.