25.11.04
Lingua portuguesa no seu melhor
Não te amo mais.
Estarei mentindo dizendo que
ainda te quero como sempre quis.
Tenho certeza que
nada foi em vão.
Sinto dentro de mim que
você não significa nada.
Não poderia dizer jamais que
alimento um grande amor.
Sinto cada vez mais que
já te esqueci!
E jamais usarei a frase
EU TE AMO!
Sinto, mas tenho que dizer a verdade
É tarde demais...
=Clarice Lispector=
OBS.: Agora leiam de baixo para cima.
Pura arte ... pura genialidade... e viva a língua portuguesa e a Clarice Lispector, a quem é atribuida a autoria deste poema, embora haja quem questione a veracidade do mesmo ser dela!
Este poema foi-me enviado por uma senhora amiga, que partilha comigo o gosto pela escrita e leitura. Um beijo para ela!
18.11.04
Ninguém me disse...
que os teus dias me pertenciam...
Nunca fui presente nos dias de ninguém!
Mas ontem, quando chegaste, e enquanto falavas,
pensei que um dia teu podia ser um momento nosso.
Fiquei com a sensação que era possivel arrancar-te uma madrugada...
...amar-te noite dentro
...manter-te acordada.
E sentir-te no mais fundo de mim,
preso ao mundo, neste cheiro a sexo,
nesse sorriso que me puxa a ti.
Mas nunca nos prometemos muito!
...ter-te é alimentar a alma de luz,
é sentir-me rasgado por um sentimento de ser...
um desejo VORAZ de ser...
... TEU!
E nunca voltar a ser menos que isso.
E depois, não porque acabou,
mas apenas porque sim...
Chega a morte... e a vida acaba!
Mas não o amor...
a esse roubamos mais uma madrugada!
Nunca fui presente nos dias de ninguém!
Mas ontem, quando chegaste, e enquanto falavas,
pensei que um dia teu podia ser um momento nosso.
Fiquei com a sensação que era possivel arrancar-te uma madrugada...
...amar-te noite dentro
...manter-te acordada.
E sentir-te no mais fundo de mim,
preso ao mundo, neste cheiro a sexo,
nesse sorriso que me puxa a ti.
Mas nunca nos prometemos muito!
...ter-te é alimentar a alma de luz,
é sentir-me rasgado por um sentimento de ser...
um desejo VORAZ de ser...
... TEU!
E nunca voltar a ser menos que isso.
E depois, não porque acabou,
mas apenas porque sim...
Chega a morte... e a vida acaba!
Mas não o amor...
a esse roubamos mais uma madrugada!
12.11.04
AVÔ
Estou perdido...
Parei o carro no pontão e fico a olhar a praia... Confesso-me ao mar. As ondas lavam os meus pecados.
Em cada pedaço de sonho que tenho, ganho uma nova esperança!
Hoje é sexta-feira. Como foi a minha semana?
Engraçado... como foram todas as outras?
Desde há uns tempos para cá que cada semana é um martírio! Cada semana em si é uma angústia e ao mesmo tempo um milagre.
O meu avô está mal. Dizem que é grave!
Então, cada semana que passa é angustiante na duvida que fica, sobre se irá ele chegar à próxima.
Cada semana que passa é um milagre de vida por mais uma semana em que o tive.
- Quem designou tanto poder ao tempo?
- Quanto tempo tenho eu com o meu avô?
Ele vive, e viverá, sempre em mim. Mas o abraço, o beijo, a voz, a piada sem graça, o discutir por um pouco de vinho que o médico estritamente proibiu... Isso não vou ter nunca mais, quando ele “resolver” que é altura de partir!
- Eu sei que peço demais... Peço-Te mais do que dou... por favor meu Deus, deixa-o cá mais uns tempos...
Mais uns dias...
Mais uma vida...
(Este texto foi escrito algures na Costa da Caparica, exactamente em Novembro, mas do ano 2000. O meu avô ainda está comigo. O dia de ontem fez-me recordar este texto! Quis partilhar...)
9.11.04
Rendo-me...
Sem sequer saber a quê ou a quem...
Eu rendo-me!
Perdi-me quando deixei de te procurar,
quando por fim desisti de te imaginar...
Privo-me agora e aqui de toda e qualquer vida,
de ser mais ou menos que alguém...
Rendo-me!
Perdido...
Sou sombra numa noite sem luz,
lágrima... por não estar contigo...
E no céu que experimentei,
quando o meu estar sozinho era perder-me em nós,
relembro o cheiro do teu beijo...
o louco sabor do teu perfume...
Renasço no suave toque da tua voz,
no som das tuas mãos no meu corpo...
Rendo-me!... por estar sem ti...
Sozinho...
Morto...
Sem sequer saber a quê ou a quem...
Eu rendo-me!
Perdi-me quando deixei de te procurar,
quando por fim desisti de te imaginar...
Privo-me agora e aqui de toda e qualquer vida,
de ser mais ou menos que alguém...
Rendo-me!
Perdido...
Sou sombra numa noite sem luz,
lágrima... por não estar contigo...
E no céu que experimentei,
quando o meu estar sozinho era perder-me em nós,
relembro o cheiro do teu beijo...
o louco sabor do teu perfume...
Renasço no suave toque da tua voz,
no som das tuas mãos no meu corpo...
Rendo-me!... por estar sem ti...
Sozinho...
Morto...
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