28.1.05

Vem…

Abraça-me no frio que me reconheces.
Não é deste Inverno… é deste inferno que é não estares em mim…
Afaga-me a lembrança, a vaga ideia em que te tenho…
Negas-me um cheiro, um cafuné no teu cabelo, uma passagem pelo teu colo?
Não te quero boa rapariga, nem amante ou amiga, apenas minha mais uma noite.
Vem…
Puxa-me deste refúgio, onde todos conseguem entrar, mas apenas tu conheces o segredo, e leva-me além… leva-me daqui deste lugar, para aonde te possa apenas amar, e ser eu… de novo em ti!
Deixa que a tua boca me alimente os lábios…
As minhas defesas esvaem-se a cada beijo teu…
Leva o que resta deste sentimento!
Usa… E abusa…
Nota que é tudo o que ainda tenho, porque mais dura que a realidade é a ficção…
E tudo o que me resta é este tão pouco em que me vês… é este silêncio onde me encontras prostrado.
Vem…
Porque preciso que me ames…
Porque preciso…
… de ser amado!

25.1.05

Esperança...



Se tivesse uma oportunidade mais,
Não hesitava...
Dizia-te tudo o que nunca te disse antes...
Mas é tarde!
Para te dizer tudo... Para te amar...
Desisto desta luta desigual.
Sim... és mais forte do que eu!
Ganhaste quando partiste e me entregaste às ruas de Lisboa.
Costas voltadas para mim...
Não há nada de bom em perder quem amamos...
Porquê, perguntam os mais cépticos...
Porque sim!
Nego a minha capacidade para amar...
E nunca, nunca, te vou esquecer...
...
Até aparecer alguém!
Alguém que me remende as asas e de novo me ensine a voar...
Que me mostre que não tenho onde, nem porquê, me esconder!
Alguém...

24.1.05

"Meu" Bairro Alto



Saio de casa… e vou…
Meto-me no carro e sigo para a baixa…
Subo em direcção ao chiado e paro ao lado da brasileira…
Entro no bairro…
O bairro…
Percorro as ruas do bairro e passo ao lado de gente anónima,
Passo o Português Suave, e sigo em direcção à tasca do Xico!
Ali me esperam os amigos de sempre.
Cumprimentam-se pessoas, no meio de uma enchente de gente que nem sabe ao que vem, mas que, como eu, sente que tem de vir!
Bebe-se a primeira rodada, fala-se da semana, da sorte e dos azares…
Cumprimenta-se alguém que passa, recordam-se caras que trazem histórias.
E o bairro é mesmo isto… é cumplicidades e amizades que se (re) encontram no meio de toda esta multidão.
E mais uma rodada… O Tiago fala-me do carro novo, o Bruno deixa-se embriagar em mais uma cerveja, e eu olho uma jovem que passa…
Cabelo negro, de olhos esverdeados, olhar um pouco esgazeado, ou só cansada da semana…
E chega mais uma rodada!
Mantemo-nos na rua, onde se vêm tantas vidas passar. Esta azáfama faz-me bem.
Fuma-mos uma erva… encosto-me a uma porta que dá para a casa de alguém…
Olho-os… Imagino as imagens reflectidas nos olhos que me observam…
Sorrio… com inveja de mim próprio por ter a sorte de estar ali. Lembro-me dos meus lamentos durante a semana… vale a pena… vale sempre a pena…
Subimos à tia Alice, bebemos um pontapé, e reconhecem-se algumas caras famosas.
Passamos no restaurante da Flor, e pela enésima vez, comentamos como temos de ir ali experimentar aquele espaço. (Só) enésima vez…
O bairro é amizade… amizade é sorte…
Vale a pena… vale sempre a pena…
Mais uma erva… de volta ao carro…
Por vezes é certo que estamos errados… mas é tão certo este estar aqui…
Esta noite o sono chega logo… em pés de lã… sem fazer barulho…
Boa noite…
Valeu a pena…



Boa semana pra todos!

21.1.05

Devaneios...

Não estranhem...
Olhei ainda agora ali para o lado direito do meu blog, para as Vitimas Recentes, e saiu-me isto...

"Tu, quem és?
A gata que me arranha a mesa do café?
És a minha lua de papel?
Ques ser eternamente menina?
Ficar atrás da porta escondida?
Tu... quem és?
- Apenas Maria!"

Desculpem, mas foi mesmo assim.
Um devaneio sem qualquer sentido, mas sentido por mim... ainda agora!
E passei-o para aqui, porque partilho tudo com vocês!
Até os devaneios de uma mente que deve andar muito pertubada. :-)
Os autores dos respectivos blogs que me perdoem!




Apenas vai fazer sentido enquanto não actualizar as Vitimas Recentes, pelo que fica aqui registado quem eram nesta data os blogs que a compunham:
- Tu quem és?
- A Gata
- Mesa do Café
- My paper moon
- Eternamente menina
- Atrás da porta

- Apenas Maria



19.1.05

Um beijo…
Perdido no ar!
Um amor…
Que alguém abandonou!
Um ter…
Sem haver a quem dar!
Uma vida…
Esquecida por quem a deixou!
Uma existência…
Sem razão de ser!
Uma espera…
Por algo que não virá!
Um sentimento…
Que ninguém acredita haver!
Um ir à procura…
Onda jamais alguém estará!

Metade das vezes nunca dizemos aquilo que queremos…
Deixamos que os outros adivinhem o que nos move!

Um é unidade… dois é para sempre!






17.1.05

Tempo...



Todos os sentimentos se revelam, como se fossem rachas na parede, que aparecem pequenas, e crescem com o tempo...
Todos precisamos da ajuda de outros, para suportar uma prateleira com muitos livros, sem que nenhum nos deixe uma frase preferida... algo que marque...
Encontrar alguém que perceba... que o tique-taque do tempo, por vezes deixa-me com vontade de chorar...
E há coisas que mudam, e coisas que ficam na mesma...
Mas há tempo! Julgo sempre que há tempo, pelo menos para mim, para me curar dos males... para me esquecer de ti... Só preciso de tempo!
E as soluções ficam à defesa... com medo de se mostrarem... com medo de mim!
E observam-me enquanto mudo!
As crianças gritam, mais alto do que antes, enquanto as mães tentam fazê-los calar...
E choram comigo!
Elas percebem que há tempo... que demora a passar... mas que há tempo...
E todos os estranhos que me parecem suspirar o teu nome, fazem com que me perca num mar de duvidas, de pessoas sós, que parece-me esperarem também por ti... ou pela sua versão do que tu és para mim...
Seguido por um foco de luz, maior que a vida em si, que me persegue até aonde me escondo... e que me expõe para que todos me vejam e saibam...
Este sou eu... sem ti...

14.1.05

Quero...



No meio de mais uma discussão, que surgiu de novo sei eu lá como, porque tudo o que faço está mal, tudo o que digo é ofensa, tudo o que te peço é despropositado...
Do meio de mais uma discussão sai uma pergunta:
- Diz-me Sandro... O que é que queres?

...
Quero-te a ti... Quero fazer amor contigo num sítio secreto, sem que ninguém saiba, e onde nos possamos perder no (sem) sentido do amor que fazemos...
Quero olhar para ti em silêncio e desfrutar da pureza do teu rosto, da suavidade da tua pele, do alimento que carregas no teu beijo...
Tocar-te... percorrer o teu corpo com a ponta dos meus dedos, ver a tua pele reagir, eriçar-se...
Quero perder-me no centro de ti... beijar o teu sexo, acariciá-lo...
Sou teu... Serei teu sempre que quiseres... enquanto quiseres...
AAAAHHHHHH!!!!
Quero amar-te, num momento tão nosso que nunca mais se perca na memória de cada um... Quero que te entranhes no meu corpo, banhar-me no teu cheiro...
AMA-ME! É isso que quero, que me ames... Não te assustes mais com o que te dou... é tudo... SOU EU! Nem to cobro de volta, mas mesmo assim não sabes receber, e recriminas-me por esta disponibilidade para te amar!!
Mas eu amo-te... e não sei amar de forma contida, doseando as quantidades de amor que te dou... Amo-te e pronto. Dou-te tudo de mim. Tinha de ser diferente?
...
Quero-te a ti... Quero fazer amor contigo num sítio secreto...


- Diz-me Sandro... O que é que queres?

- Parar de discutir... Só isso...

12.1.05

...



Eu sei que não te conheço...
E que é estranho este ser em ti... Assim... De repente!
A forma como bebo as tuas palavras e como te guardo debaixo do braço!
E te protejo...
É estranho...
Ter-te em jeito de salvação, de credo...
De princípio para um qualquer fim!
Este ficar mudo, com um simples olhar teu...
O sofrer se não sorris...
É estranho...

E se não estás?
Eu estou... E sou... Ainda vivo...
Mas se estás... Viro criança de sorriso fácil, memória de infância feliz!
E lanço-te um olhar...
Chamo-te para brincar...
E rio... grito... E esqueço...
É estranho...

E acumulamos histórias...
Partilhamos momentos...
E passa por nós o tempo!
E neste infinito fim que não nos alcança...
Eu ainda sei que não te conheço...
E é estranho...

10.1.05

Todo o amor do mundo...



Porque é que ninguém me disse quanto tempo tinha eu contigo?

Mostraste a tua raiva quando passei por ti sem falar...
Vamos sair daqui, tenho um depósito cheio de gasolina
Vamos apenas andar...
Vamos só desaparecer!
Por uma vida... por instantes...
Mas só eu e tu!
Os meus sonhos desvanecem, sobre uma nuvem de duvidas...
Vamos?
Dou-te todo o amor do mundo...
Vamos?

Acho que toda a gente foi para uma festa melhor que a nossa,
E ficámos apenas nós os dois...
Não quero mais, nem te peço mais...
Apenas todo o amor do mundo!
Mas nem te apercebes do quanto isso é, e dizes que sim...
E olhas-me com raiva, porque passo por ti sem te olhar!
Quero ser... existir...
Quero ter-te em mim como se fosses o cobertor que me aquece neste frio de Inverno!
Parte de mim...
A grande parte de mim...
E ainda tenho comigo um pouco do teu sabor, e diluo-me na imensidão do que me pedes...
Todo o amor do mundo!

Tropeço nas pedras que vais atirando aos meus pés,
E levanto-me no beijo com que me puxas para cima!
Vá! Ensina-me o que é todo o amor do mundo...
Ensina-me qual é a intensidade e a quantidade de amor, que todo o amor do mundo tem...
E depois pede-me que eu dou...
Sem pensar, eu dou-te...
Todo o amor do mundo!


(confuso... até para mim...)

6.1.05

TORANJA



"Queres lutar com quem?
Para doer aonde?
Para ser o quê?
Achas que ninguém vê?
E para quê fingir?
Porquê mentir e remar na dor?
Achas que ninguém vê?
Também eu queria parar...
chorar...
cair...
para me levantar,
para te puxar!
Te fazer sorrir...
não voltar a cair!
Não me olhes assim!
Continuo a ser quem fui
Cada vez mais aqui...
não dances tão longe...!
...que eu já te vi
Também eu queria parar...
chorar...
cair...
para me levantar,
para te puxar!
Te fazer sorrir...
não voltar a cair!"


Letra de uma música de Toranja, de quem gosto particularmente.
Esta letra diz-me muito.
Realço uma frase da letra: "... Porquê mentir e remar na dor?"
Porque é que as pessoas SE mentem tanto? Alimentam ilusões e (re)vivem a situações que sabem de antemão que acarretam sofrimento... apenas por uma questão de comodismo a maior parte das vezes!
Temos de ter a coragem de nos obrigarmos a ver as coisas com olhos de ver, e não com olhos de deixa andar.
Caramba... É a nossa felicidade que está em causa...
Se amam, lutem, e vão contra quem for por isso...
Se não amam, assumam-no primeiro a vocês mesmos, e evitem magoar alguém, na esperança (ilusão?), de que com o tempo o amor vem...
(Eu sei... já fiz isso...)

Abraço,

5.1.05

Factos!



O sexo é fácil...
... o amor não...