29.12.04

Onde ando eu?

Já cá estou, mas parece que ainda não voltei do Natal...
Em breve escrevo, quando a alma regressar ao corpo!

Um bom ano pra todos, sem excepção!

25.12.04

O Natal!

Detesto as frases da prache que se usam nesta época.
Coisas do tipo :
-Natal é quando o Homem quiser;
-Natal é todos os dias;
-etc,etc.
Penso que, principalmente nos dias que correm, temos de por a mão na consciência e admitir que não é assim... Natal não é todos os dias, e muito menos é quando o Homem quer.
Quanto mais, poderá ser quando o Homem se lembra, e mesmo assim...
Eu não tenho qualquer problema em admitir, que é nesta época, que ganho uma conscienlização diferente das coisas. Dos problemas dos outros. Das dificuldades de muitos.
Admito que nesta época do ano, é quando fico mais sensível aos que não têm... aos que não podem...
Não será cinismo da nossa parte, uma vez que nunca o fazemos, virmos dizer que Natal é sempre?!
Para mim é! E é no Natal, o verdadeiro Natal, que me torno mais solidário, que me lembro dos que não são tão afortunados como eu... E sim, posso dizer que deveria ser assim todo o ano, MAS NÃO È!
E se nesta época, em consciência, me dou mais, e estou mais aberto a esses problemas que nos assomam, isso sim, o ano todo, então porquê escondê-lo?
Nesta época procuro ajudar mais, estar mais disponível, tomar eu a iniciativa de ajudar, sem ser procurado.
No resto do ano, admito que apenas me lembro de ajudar, quando vejo o Banco Alimentar Contra a Fome, numa superfície comercial qualquer, e aí sim, participo nas campanhas deles, ou quando dou a volta à roupa que já não uso, e a levo à Cruz Vermelha, ou a outra instituição de caridade.
Quanto ao forro pessoal, considero o Natal uma época um pouco triste, mas se me perguntarem porquê, não sei dizer...
Que estranho! Não sei mesmo!!
E ainda ontem, na minha consoada, me diverti imenso, adorei estar com a família, comeu-se o bacalhau cozido, os sonhos e as rabanadas... pouco depois da meia-noite lá apareceram 2 Pai-Natal (mãe, estavas óptima), e distribuiram as prendas... Isto para mim é o ponto alto do Natal!
E saber que ainda esta semana chegou um elemento novo à família, saber que em breve chegará outro, que a minha irmã se casa este ano que entra agora...
Natal pra mim é isto... Família!
E a melhor prenda de todas, foi ontem... quando estava quase a bater a meia-noite... e vemos entrar pela porta os meus tios, que por motivos de saúde de outra pessoa, não eram suposto vir ter connosco... Tal foi a emoção, que as prendas começaram a ser distribuidas um pouco mais tarde que a meia-noite habitual... e que bom que foi!!

FELIZ NATAL!

22.12.04

Finjo...

que não me importo que vás...
Não deixo que nem uma lágrima caia!
Partes sempre nesta altura do ano...
Onde está o teu amor?
Onde anda o teu amor?
...
Deixas-me de coração partido,
Que nem um ovo que se estilhaça no chão.
Caio e parto-me em pedaços...
Pedaços que se espalham por todo o lado.
Pelo menos disseste até já.
Mesmo que para voltares leves anos...
Onde está o teu amor?
Onde anda o teu amor?
...
A chuva não me leva as lágrimas,
E não consigo fingir por mais tempo.
Se ao menos pudesse ir contigo...
Assim matas-me aos bocados...
Aos bocados...
...
Se conseguisse ser quem querias...
Se ao menos conseguisse ser quem querias...
A toda a hora!
...
Onde está o teu amor?
Onde anda o meu amor?

20.12.04

...



Pedras ensinaram-me a voar...
O amor ensinou-me a mentir...
A vida ensinou-me a morrer...
A coragem ensinou-me a ter medo...

E tu...
Tu ensinaste-me a viver... sem pedras... a vida... com coragem...
É tão fácil amar-te!

15.12.04

Sempre que penso em ti...

... o mundo quase derrete!
Aceito-te como a minha fraqueza... todos os meus medos, os meus receios,
desaparecem no teu reflexo!
Mesmo quando te empurro pra longe, nunca viras as costas!
Aceitas-me como sou... e quando saio de mim, puxas-me de volta num beijo.

Enfureço-me com facilidade, e sei que é defeito... mas dás-me espaço para existir.
Faça e diga o que for, és paz em mim, e não discutimos por isso.
A luz dos teus olhos guia-me sempre de novo a ti...
este amor é apenas o antídoto... e nada me pode matar!
E nada mais me cura...

Há alturas em que não consigo pensar... não destingo o certo do errado...
fazes com que me sinta menos perdido, ou caso contrário afogava-me...
neste mar de revolta... que me assombra. Nas duvidas... que me perseguem.
Mas tu fazes com que tudo volte ao normal!
Pegas em mim e aconchegas-me e dizes que tudo está sempre bem...

De todas as coisas que desejo, és a única que me completa...
A única em que sei que acredito!

13.12.04

É...

Ainda te amo sim...
Não como se disso dependesse a minha sobrevivência, mas ainda...
Custa-me admiti-lo, mas custava mais se tivesse de to esconder!
O meu coração anda órfão desde que voaste... só por voar...
Não sei até onde isto vai, mas sigo o rumo a que me proponho!
Tenho pena de não me poder ver de frente... poder encarar-me a mim mesmo...
Poder confrontar-me com esta nostalgia e tristeza... com estes olhos vermelhos...
Mas sigo, um dia após o outro, e finjo que isto é pouco, e que não preciso me preocupar!
Foste a única coisa certa em tudo o que fiz., o único beijo, o único remorso...
Enquanto nos dissemos adeus... eu alimentava-me mais um pouco de ti.
E mesmo que agora não me oiças, eu vou estar sempre do teu lado...
Sempre que chorares vou passar o meu braço pelo teu ombro...
Sempre que sorrires vou renascer contigo!
Mas custa-me este recusar o óbvio... que te amo!
E desfaço-me em bocados, nesta solidão que nem me deixa respirar...
E caio...
Caio nos bocados em que me desfaço... Caio assim, sozinho...
Durante anos tentei... e mais que viessem...
Mas não te encontro! Posso te encontrar?
Alimenta-me desse beijo que me prometeste,
Desse amor com que me viciaste.
Desse vicio que me corroeu e me deixou assim...
A cair aos bocados em que me deixaste!
Jogo mãos ao céu todas as noites,
Mas ninguém ouve as minhas preces, faça eu o que fizer...
E nas ruas da cidade, carrego o mundo nas costas...
e sofro... sabendo que nunca nada é para sempre!

3.12.04

Salva-me...

... dos por do sol que estão por vir!

À medida que as lágrimas se libertam dos meus olhos,
Procuro algo com que ocupar o meu pensamento...
mas pensar em algo, é chegar a ti,
chegar a ti... é puro tormento!

Salva-me...
desta demência em que me encontro!
Vem e deixa em mim um beijo,
porque tudo o que sou é o quanto te anseio,
e um dia são anos sem te abraçar...

Salva-me...
desta imagem que tenho de mim mesmo,
e fá-lo antes que me esqueça como se sorri...
afogo-me nas lágrimas que me fogem,
no medo que tenho de existir sem ti!

Deitado na minha cama, sou de novo criança,
e o meu medo do escuro volta quando partes!
E embora aqui, sinto-me perdido...

Salva-me...
... leva-me a ver um por do sol contigo...

1.12.04

Amanhã...



Sozinho em casa, e ganho vida...
... tu chegas!
Vens de cara fechada e com rugas na testa. Franzes sempre a testa quando te chateias, ou te chateiam.
Que se terá passado, penso... Mas nem to pergunto!
Recebo-te com um beijo e reviras-me a cara, mostras-me olhos de raiva! Atiras-te para cima do sofá, como se este exercesse sobre ti o efeito de um iman...
Enterras-te e dizes baixinho:
- Estou farta!
Então, porque sei como és, quedo-me do teu lado e fixo os meus olhos em ti, enquanto prossegues:
- Estou farta... farta que façam de mim aquilo que não sou. Que me vejam como pau para toda a obra. Trabalho, trabalho, e ninguém reconhece mérito, mas se uma só vez falho... cobram, e cobram, e cobram...
Piscas os olhos ainda lascivos de raiva, franzes de novo a testa...
- Vou-me embora de lá! Estou farta, farta!!

Terminada de dizer isto, atiras-te a mim num abraço, e num beijo cuja violência desconheço, vejo a tua face toda vermelha, e oiço-te num respirar ofegante...
Começas a despir-me por entre beijos, e suplicas para que as minhas mãos te toquem... E suspiras de raiva... Sempre raiva!
Chego-me para trás e afasto-te com as mãos:
- Amanhã... amanhã... Não faças a tua revolução no meu sexo!